ype="applica Quem Tem Medo do Lobo Mau?: January 2007

Thursday, January 25, 2007

Há coisas que têm prazos de um ano para se fazerem

E que depois se fazem numa semana, de perna atrás das costas, assim em cima de tudo.

Certos trabalhos universitários, por exemplo.

Thursday, January 18, 2007

Mental note: não esquecer o corta-unhas

Anda uma pessoa a preparar-se mentalmente durante meses para dar nisto. Chegada a hora da verdade, apercebo-me que nunca vou estar realmente preparada. E que por mais listas de coisas a fazer que escreva, por mais segurança que possam transmitir um monte de papéis assinados, por mais confiança que possa ter no que sou capaz de fazer e por mais apoio que tenha dos amigos e da família, parece que vou pegar na mochila e no saco-cama, fazer o sinal de boleia à beira da estrada e partir à aventura. E a sensação de que vou deixar qualquer coisa importante para trás, como a escova de dentes, é bem mais inquietante do que pensava.

Wednesday, January 17, 2007

Aposto que a Branca de Neve não teve nada disto

No próximo sábado às 21h e no domingo às 22h, este blog vai dar um programa de rádio. Do bosque para a Rádio Comercial.

Monday, January 15, 2007

Alguém me arranja o número do Prof. Pardal?

Precisa-se de máquina do tempo, que dê para saltar dias e andar para trás. Com funções de esticar e encurtar as duas próximas semanas, feita à medida do meu estado de espírito actual.

Wednesday, January 10, 2007

Num mundo perfeito eu não escrevia isto

Era uma vez um mundo perfeito onde os nossos impostos não eram utilizados para financiar clínicas de aborto. E também não eram utilizados para criar salas de chuto. E, porque não?, não serviam para pagar contas de hospital de mulheres a quem o aborto clandestino correu mal. Nem julgamentos e prisões de pais que maltrataram – ou mataram – filhos que nunca quiseram, nunca respeitaram e nunca amaram. E os meus impostos também não serviam para pagar disparates do governo, falcatruas de dirigentes desportivos ou corrupções de autarcas.

Nesse mundo perfeito também não havia mulheres arrependidas para toda a vida por terem um dia escolhido fazer um aborto, legal ou ilegal. Elas existem desde sempre, desde que há seres humanos. Já é há muito tempo.

Num mundo perfeito as mulheres não seriam julgadas por não quererem ter um filho. Nem uma, nem duas, nem três nem nenhuma vez por ano. Nem sequer era posta a hipótese. O senhor padre não dizia às pessoas o que fazer. E não precisaríamos de um referendo para resolver uma questão que está claríssima há décadas na esmagadora maioria dos países europeus.

Posto isto, e já a pensar nos níveis de abstenção que aí vêm, a lei não me deixa votar porque vou estar temporariamente fora do país (mas não de férias). Parece que o assunto não me diz directamente respeito - nem a mim nem a quem está no estrangeiro e que pode ou não regressar. Não era preciso um mundo perfeito para podermos votar.

Sunday, January 07, 2007

Eu ainda sou do tempo em que a MTV dava música *

A MTV tem estado a passar a "Music Week". Depois do canal MTV Music, que outras loucuras têm eles planeadas?

* e também do tempo em que só passava rock, antes da invasão das Britneys (o que não me valia de nada: não tinha parabólica, não havia TV Cabo e os tipos que inventaram o You Tube ainda não tinham nascido. Tinha de me contentar com os vídeos às fatias mal cortadas do Top +).

Wednesday, January 03, 2007

Goodbye weird 2006, welcome 2007




















Pessoas que fizeram despedidas, pessoas que quiseram ser livres, pessoas que criaram vida, pessoas que por milagre continuam entre nós, pessoas que precisam de ajuda mas não conseguem pedir ajuda, pessoas que gritaram e choraram, pessoas que riram de tanta felicidade, pessoas que desbloquearam, pessoas que querem tudo e que por isso não conseguem nada. Pessoas que não têm medo de começar de novo.

2006 foi o ano mais estranho da minha vida. O ano em que questionei tudo. Abri muitas portas mas nem todas me deixaram passar. À conta disso, o mundo caiu pesado em cima dos meus ombros. Houve mais pesos em cima de outros ombros, mas sei que a amizade incondicional que nos une vai continuar a aliviá-los. Ao lado das lágrimas de saudades teremos sempre as lágrimas de desabafo.