Também não faço ideia quem seja o Ruy, o Pequeno Cid
Circula por aí um link para um site sobre séries e desenhos animados da nossa infância. Depois de me deliciar com o genérico do V – Batalha Final (aquela série dos lagartos extraterrestres mascarados de seres humanos – alguém quer avançar uma explicação para o facto de eu ter gostado disto? É que eu não compreendo), lembrei-me que grande parte das actividades culturais da minha infância escondia-se nos armários dos meus tios mais novos, que eu e o meu primo tratávamos de vasculhar meticulosamente, às escondidas.
Entre a Mafalda e os livros do Quino, o Carlitos (em tempos houve uma tradução para Charlie Brown), o Astérix (quem precisava de comprar os livros quando tinha uma colecção completa ali à mão?) ou o Lucky Luke, tive acesso a uma coisa chamada Pão com Manteiga. Era a revista de um programa de rádio onde escreviam o Carlos Cruz (pois. Long live Zé Sempre em Pé e Bota Botilde), o Mário Zambujal e mais não sei quem, diz o Google. Só me lembro que tinha umas piadas engraçadas, outras que eu não percebia, umas políticas, outras sexuais, e o Roque e a Amiga, que estavam lá não sei bem porquê. Mas adorava aquilo. Tinha qualquer coisa de subversivo e deliciosamente proibido. Ou seja, não só abríamos os armários que não podíamos abrir, como fazíamos questão de ler tudo o que não era para a nossa idade.
Mais tarde, já nos anos 90, a minha tia começou a coleccionar a Kapa, que ainda vive neste blog. Parece que o Paulo Portas escrevia lá quando tinha 12 anos.
Já agora, Betty Boop e Speedy Gonzalez, apesar das fotos no site do Mistério Juvenil, ainda não consegui perceber quem raio era o Chapi Chapo.