O país mais feliz do mundo chama-se Vanuatu, e eu nem sequer sabia da sua existência. É um arquipélago no Pacifíco, composto por 83 ilhas, pelas quais se espalham 200 mil habitantes, que vivem essencialmente da pesca e da agricultura. Têm praias paradisíacas, florestas luxuriosas e uma democracia avançada. Não têm, nem precisam, de forças militares. Não têm muito, mas vivem, felizes, até aos 69 anos.
Nasceu um novo índice económico: o índice planeta feliz. Segundo o Público de hoje, os seus criadores - a organização britânica New Economics Foundation -, querem desafiar a forma como pensamos a sociedade, a economia e o ambiente. Para tal elaboraram um
ranking de felicidade, usando como indicadores a esperança média de vida, a satisfação com a vida e o impacto que temos no ambiente. Surpresas: nenhum dos países do G8 reunidos hoje em São Petersburgo conseguiu chegar aos 50 primeiros lugares. A Colômbia, que para o exterior é um antro de barões de droga, aparece em segundo lugar, seguida da Costa Rica e de grande parte dos países do Pacifíco e das Caraíbas. O país europeu com um maior índice de felicidade é Malta (as ilhas pequenas tendem a dar-se bem com este estudo). Os Estados Unidos surgem em 150º lugar, o Reino Unido em 136º e a França em 129º. Portugal é o número 136. Sem supresas: o Burundi, a Suazilândia e o Zimbabwe são os últimos.
A conclusão é aquela que até já sabíamos: industrialização e consumo nem sempre são sinónimos de felicidade. E aquela ideia maluca de abandonar tudo e ir viver para a praia ou para o meio do campo, que passa de vez em quando pela cabeça de muitos nós, não é assim tão disparatada.