Nunca mexi no SimCity, mas parece que faz bem ao cérebro

Steven Johnson pode tornar-se no melhor argumento dos miúdos que passam a vida mergulhados nos jogos de computador quando os pais ou os professores lhes disserem que jogar é estupidificante e que faziam melhor em ir ler um livro. Johnson é o autor de “Tudo o que é Mau Faz Bem” e diz que os jogos de computador complexos, com todas as suas simulações, decisões rápidas e visões a longo prazo estão a tornar as pessoas mais inteligentes. Diz também que se tem alertado para os perigos dos conteúdos violentos dos jogos mas nunca se analisou a sua forma nem o que se passa no cérebro quando se está a jogar, que séries como “Sopranos" ou “Lost” e filmes como “O Senhor dos Anéis”, que nos obrigam a acompanhar diversas personagens em múltiplos enredos, as novas relações sociais na internet e até os reality shows com fortes jogos psicológicos, como “The Apprentice” ou “Survivor”, têm potenciado a nossa capacidade de desenvolver um pensamento sistemático.

Melhor ainda: diz que o livro continua a ser o mais poderoso meio de comunicação que existe. E que é a arma mais eficaz para explicar coisas como a sua tese. E que tudo isto pode conviver muito bem, sem que um meio substitua o outro.

Não ligo muito a jogos de computador, mas já tenho uma desculpa para o vício do “Lost”.