ype="applica Quem Tem Medo do Lobo Mau?: Mensagem de Natal

Saturday, December 25, 2004

Mensagem de Natal

Eu cá ainda envio postais de Natal. Escritos à mão, com direito a envelope e selo. Serei normal?

Costumo comprar cartões da UNICEF, embora este ano também tenha enviado alguns da Cruz Vermelha (para condizer com a minha vestimenta favorita). É a minha boa acção do ano. Depois, claro, com a internet e os sms os desejos de boas festas passaram a ter prioridades. A saber:

- Prioridade Alta: Cartões de Natal
Para os melhores amigos ou para amizades antigas. Ainda levam com o tradicional cartão de papel, o que, pensando bem, lhes causa alguns incovenientes. Como a maçada de ir abrir a caixa do correio. A chatice que é abrir um envelope colado com cuspo, que pode levar a consequências tão diversas como dedos cortados (se usarem facas ou tesouras) e envelopes desfeitos num oito que deixam papelinhos espalhados no chão. Ou o sentimento de culpa por não terem retribuído da mesma forma e de já não haver tempo nem paciência para o fazer.

- Prioridade Média: E-cards
Confesso que não enviei nenhum e-card este ano. Mas são óptimos para amigos electrónicos (mail, irc, messenger e blog pals), colegas de trabalho, ex-colegas de escola ou outros amigos e familiares para os quais os cartões de Natal já não chegaram. Convém que o destinatário tenha e-mail.

- Prioridade Baixa: SMS
É para todos, pró menino e prá menina. Amigos, familiares, colegas, pessoas que não são bem amigos mas também não cabem na categoria "conhecidos", conhecidos, conhecidos que são mais ou menos amigos, colegas que são mais ou menos conhecidos. Esta é a solução mais fácil e usada. O habitual é escrever uma frase tipo, mais ou menos cómica, consoante o gosto - do género "o Pai Natal já não vem porque lhe disseram que te portaste bem e ele morreu a rir" -, personalizando a coisa quando for caso disso e acrescentando as incontornáveis expressões "Feliz Natal" e "Tudo de bom em 2005". Ora depois de enviar o mesmo sms aos contactos que se quiser, é só esperar que as respostas começam a chover. É por isso que o Natal agora é tão diferente de quando era pequena. Além de já não haver saltos de alegria por causa dos brinquedos, agora passo o Natal a ler as dezenas de mensagens que me enviam e ouvir os alertas SMS dos telemóveis dos outros. Nada como passar uma consoada a tentar perceber como funciona o dicionário do Nokia ou do Siemens. A grande vantagem é, claro, a rapidez com que se comunica como um grande número de pessoas. É bonito. Depois há também os inconvenientes: corar porque decidi não enviar para o Felismino e o Felismino deseja as boas festas numa mensagem muito simpática, enviar 1863 mensagens e rebentar com o saldo, receber mensagens com bonequinhos de telemóveis de marcas incompatíveis que chegam num monte de riscos e pontos incompreensíveis, receber mensagens de Natal de números que não reconheço, e que, mesmo assinadas, nada me dizem. Etc.

Mesmo assim, acho que os telemóveis vieram pôr em contacto pessoas que de outra forma nunca o fariam. Acredito na força do SMS, apesar de saber que para o ano vou na mesma comprar os obsoletos cartões de papel.

Dentro de uma semana está tudo a desejar Feliz Ano Novo. Por SMS.

Felizes andam as Festas das operadoras.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home