Not ready to let go yet

Ora a lista em baixo foi uma tentativa de aliviar um pouco a raiva que se tem vindo a acumular desde Março, quando me mudei para Bruxelas com vista a ficar um pouco mais que seis meses.

Isto de sentir raiva não é bom, não faz bem, e não quero nada acabar a gritar com pessoas que não merecem.

Não percebo porque é que isto está a acontecer.

Ou melhor, até percebo, achava era que a mim não ia acontecer.

Há umas semanas tive uma formação (muito gostam eles aqui de formações) em que se falava das fases de uma mudança, do que sentimos e do acontece quando a nossa vida muda.

Et voilá: após a fase do choque inicial, vem a revolta. Que calculo que seja o que estou a sentir agora. Tudo me anda a irritar neste país, tudo me faz compará-lo com Portugal, tudo me lembra os amigos, a família, a casa, o apoio, o que é conhecido e familiar. Tudo me faz ter um ataque brutal de saudades, que umas idas a Lisboa aliviam mas que tornam tudo pior na hora de regressar.

Todos os dias questiono o facto de estar aqui, e, no entanto, era tudo o que tinha de acontecer, era tudo o que queria.

Mesmo que aquela formação às vezes soasse a baboseira à americana, vejo agora que havia um fundo de verdade. E assusto-me com o que possa vir a seguir, com as fases seguintes do "settle" e do "let go". Ou seja, quando começar a sentir-me em casa longe de casa, e quando aceitar de uma vez por todas que esta agora é a minha vida.

Enquanto isso, enquanto ainda não estiver pronta para aceitar, vou ali chatear mais uma vez os tipos da tv cabo.